Erros de refração afetam milhões sem diagnóstico no Brasil
- Franquias Otica
- 30 de jul.
- 1 min de leitura

A dificuldade para enxergar pode parecer simples, mas é uma barreira silenciosa que compromete o desenvolvimento, a inclusão e a qualidade de vida de milhões de brasileiros. Segundo uma meta-análise da Revista Brasileira de Oftalmologia, a miopia acomete cerca de 7,65% das crianças brasileiras entre 3 e 18 anos. Por meio de exames rigorosos, esta pesquisa comprovou que, com o aumento do uso de telas e a redução da exposição à luz natural, estes números tendem a subir.
Na mesma direção, um estudo conduzido pela Universidade Federal de Santa Catarina, em Florianópolis, analisou 1.086 crianças entre 0 e 15 anos por meio de refração sob cicloplegia — método considerado padrão-ouro para detectar erros de visão em crianças. Os resultados mostraram: astigmatismo em 27,3%, miopia em 14,8%, e hipermetropia em 6,6%. Apesar disso, estudos como da Agência Internacional para Prevenção da Cegueira (IAPB) e do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) alertam que grande parte dessas condições não é detectada nem corrigida, principalmente em comunidades carentes, onde faltam políticas de triagem visual sistemática e acesso regular a serviços oftalmológicos.
A falta de atendimento adequado agrava o problema. Segundo o Censo 2021 do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), o Brasil contava com 19.471 oftalmologistas ativos, o que representa uma média de 1 profissional para cada 10.875 habitantes. No entanto, a distribuição desses especialistas ainda é profundamente desigual: enquanto regiões como o Sudeste concentram a maior parte dos profissionais, o acesso segue limitado em áreas do Norte e Nordeste, onde a oferta de atendimento oftalmológico é significativamente mais escassa.
“O problema não é só oftalmológico — é também social”, afirma Márcio Kendi, fundador da Ótica Center.












Comentários